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Carnes e doces    Reproduzir o áudio
Módulo 2, Unidade 5, Nível Básico


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Informações gerais
Tipos de carne
Doces
Palavras-Chave

Produtos típicos, produtos locais, variedades, carne, doce, pirâmide alimentar, gordura, açúcar, frequência de consumo

Nível

Básico

Carnes e doces
Descrição

O topo da pirâmide alimentar é composto por todos os alimentos que deveriam ser opcionais, ocasionais e de consumo moderado. Por exemplo, carnes vermelhas e enchidos, açúcares, doces e bebidas açucaradas. Trata-se de uma grande variedade de alimentos de natureza diferente, mas que têm em comum a alta densidade energética e o alto teor de sal, açúcares adicionados e gorduras saturadas. Além disso, a ingestão elevada de ácidos gordos (TFA) é prejudicial à saúde.


Rótulo
Cultural heritage / international recognition   Similar products / recipes  
Benefícios

A carne vermelha fornece muitos nutrientes, se a consumirmos corretamente. Entre os seus benefícios, podemos enumerar:
- Vitamina B12, que nos ajuda a metabolizar proteínas, formar glóbulos vermelhos e manter o equilíbrio do sistema nervoso central;
- Zinco, que nos protege contra os danos oxidativos, promovendo a regeneração cutânea e a hemoglobina;
- Ferro, um elemento importante para manter o transporte adequado de oxigénio ao sangue.

O presunto serrano é, sem dúvida, o derivado de carne por excelência da cultura espanhola, sendo a Espanha o maior produtor mundial. É uma carne processada, curada, fonte de proteína com alto teor de sal, pelo que se recomenda o seu consumo ocasional. É rico em proteínas e variável em gordura (de 9% a 22%), e também fonte de tiamina (vitamina B1), riboflavina (vitamina B2), vitamina B12, vitamina B6, fósforo e zinco. Outras variedades de presuntos curados proporcionam benefícios semelhantes, mas o presunto serrano ibérico é particularmente prático e saboroso. Em Portugal, temos igualmente um presunto de ótima qualidade, como o que é produzido na região do Alentejo.

Para um consumo moderado de carne vermelha, é recomendável utiliza-la como ingrediente de ensopados e receitas que incluam produtos hortícolas e leguminosas; as carnes processadas devem ser consumidas em pequenas quantidades ou como complemento em lanches ou sanduíches.

A maioria dos doces é feita a partir de açúcares de rápida absorção, como a sacarose, glicose, frutose e mel, que se caracterizam por fornecer energia e aumentar a palatabilidade dos alimentos e bebidas.
O açúcar fornece energia ao nosso corpo. O cérebro é capaz de absorver até 20% do total de energia consumido. Uma dose devidamente controlada é suficiente para satisfazer todas as nossas necessidades. Devido à sua importância no desenvolvimento dos tecidos, o seu consumo é fundamental nas fases infantis e vital para repor os estoques de glicogénio. No entanto, devemos evitar o consumo excessivo de açúcares refinados. A fruta fresca e as oleaginosas como tâmaras, passas, damascos secos, ameixas e smoothies são opções bastante saudáveis.


Produtos Representativos
Apresentamos uma breve descrição de alguns dos produtos de carne vermelha e curada mais representativos do sul da Europa:

Itália:
• Lardo di Colonnata - toucinho branco, do dorso do porco, revestido com alho, pimenta, cravinho, salsa, sálvia, alecrim.
• Pé de porco Speck, desossado e fumado.
• Bresaola, muito semelhante às Cecinas espanholas, feitas a partir da carne das patas traseiras de bezerros e vacas.
• Culatello, feito com carne do próprio presunto, aromatizado com pimenta, alho e vinho branco.

Grécia:
• Lombo de porco de Louza (Λούζα) salgado em vinagre, pimenta, canela e por vezes pimenta e cravinho ou funcho.

Portugal:
• Presunto DOP de Barrancos, considerado o melhor presunto produzido em Portugal, presunto de Porco Bísaro de Trás os Montes, presunto de Porco Preto alentejano.
. Enchidos tradicionais de Portugal feitos à base de carne de porco, farinha e vários condimentos: chouriço, morcela, farinheira, alheira, butelo, maranho, paio, entre outros.

Espanha:
• Presunto ibérico na Andaluzia.

Alguns dos ingredientes para confecionar os doces tradicionais do sul da Europa são ovos, farinha, manteiga, frutos secos, fruta, mel, açúcar, licores e, leite. Alguns exemplos de doces tradicionais da zona do Mediterrâneo são:

Grécia:
• Baclavá. Feito com massa folhada, mel, nozes e amêndoas.
• Kataifi. Pastéis de ovo com recheio de amêndoas, avelãs ou outros frutos secos.
Itália:
•Tiramisu. Pão de ló ou biscoito embebido em café, queijo mascarpone, cacau, ovos batidos, açúcar, e um toque final de rum ou amaretto.
• Panna cotta. À base de nata e leite, aos quais se adiciona açúcar e gelatina para coalhar.
• Gelato, um gelado denso e cremoso com vários sabores (avelã, amêndoa, morango, etc.)

Portugal:
• Os Doces Conventuais, originários das ordens religiosas, são a imagem de marca da doçaria tradicional portuguesa, na sua grande maioria com IGP (Indicação Geográfica Protegida). Podemos destacar: Pastel de Belém ou Pastel de Nata, Barriga de Freira, Ovos Moles, Pastéis de Tentúgal, Travesseiros de Sintra, Pão de Ló de Ovar, Pudim Abade de Priscos, Pastéis de Santa Clara, Toucinho do Céu, Papos de Anjo, Dom Rodrigo, entre muitos outros. Estes doces têm como ingredientes base gema de ovo e açúcar. Amêndoa, manteiga, massa folhada, limão e mel são também utilizados com frequência.

Espanha:
A doçaria tradicional da Andaluzia caracteriza-se por uma clara influência árabe, que se evidencia na utilização das amêndoas e do mel. No destaque especial para os produtos de renome com IGP (Indicação Geográfica Protegida) ou TSG (Especialidade Tradicional Garantida), podemos referenciar os Mantecados e Polvorones de Estepa, os bolos de óleo de Castilleja de la Cuesta ou os Alfajores de Medina Sidonia, na a província de Cádis.

Riscos
Uma elevada ingestão de doces pode gerar excesso de peso e cáries dentárias.

Reduzir o consumo de carne vermelha para um máximo de duas ou três vezes por semana e aumentar a ingestão de produtos hortícolas podem ajudar a prevenir alguns tipos de cancro.

Estar acima do peso e obeso pode levar a certas doenças como hipertensão, acidente vascular cerebral, cancro e diabetes, por isso é necessário evitar produtos altamente processados, ricos em gordura e açúcar.

O impacto ambiental dos alimentos desse grupo é deve ser devidamente acautelado nas explorações agrícolas onde os animais são criados e nas indústrias que produzem doces.

Mais referências
https://www.dgav.pt/wp-content/uploads/2021/04/Catalogo-Oficial-Racas-Autoctones-Portuguesas.pdf
https://tradicional.dgadr.gov.pt/pt/cat/pratos-a-base-de-carne
https://www.receitasemenus.net/doces-conventuais-por-regiao-de-portugal/
http://www.comidacomafeto.com/doces-conventuais/
https://www.vortexmag.net/doces-conventuais-portugueses-origem-historia/

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