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Informações gerais
Food as source of health
''Nós somos o que comemos''
Palavras-Chave
Comida, comer, saúde, nutrição, doença, alimentos saudáveis, alimentos processados, exercício físico, dieta
Nível
Informações gerais
A alimentação é um ato voluntário. Decidimos que tipo de alimentos comemos e a tecnologia e técnicas culinárias para os preparar com todas as opções disponíveis que temos atualmente.
Food as source of health
Quando comemos um alimento, este é transformado em nutrientes através de um processo chamado termogénese. Dependendo do alimento consumido e da sua composição, e tendo em conta o processo a que foi exposto antes de o consumir, o nosso organismo poderá obter nutrientes específicos, sejam macronutrientes (hidratos de carbono, proteínas ou lípidos) ou micronutrientes (vitaminas e minerais) em diferentes proporções.
Por conseguinte, estes nutrientes desempenharão um papel nos diferentes processos fisiológicos para alcançar uma função corporal correta. Por exemplo, quando comemos pimenta, devido ao processo de termogénese, estamos a obter vitamina C, que irá participar na absorção do ferro ou neutralizar os radicais livres, atuando como um antioxidante. Esta é a razão pela qual, quando normalmente falamos de alimentos, falamos também de saúde. É necessário alimentarmo-nos, mantermo-nos bem nutridos, e assim fazer o nosso corpo funcionar corretamente.
''Nós somos o que comemos''
Até à data, provas científicas já demonstraram a relação bem estabelecida entre nutrientes e estado de saúde ou doenças. Por exemplo, é sabido que um consumo excessivo de lípidos está diretamente relacionado não só com o excesso de peso ou obesidade, mas também com uma maior prevalência de doenças metabólicas e cardiovasculares. Do mesmo modo, estudos científicos e clínicos concluíram que a deficiência de alguns micronutrientes, tais como vitaminas e minerais, estão na base de múltiplas doenças. Por exemplo, uma dieta com deficiência de vitamina C está intimamente associada com o desenvolvimento de escorbuto; uma deficiência na ingestão de ferro provocará anemia, ou um défice de cálcio e vitamina D pode causar osteoporose.
Os últimos artigos científicos publicados, incluindo várias meta-análises com elevado nível de evidência, já destacam que o atual consumo elevado de alimentos ultra-processados, substituindo o consumo de outros alimentos mais saudáveis, está a levar a um aumento do excesso de peso e da obesidade, mesmo em populações pediátricas e adolescentes, e as consequências associadas a este excesso de peso são bem conhecidas: diabetes, hipertensão, problemas músculo-esqueléticos e doenças cardiovasculares.
Portanto, tendo em conta estas ideias, a frase "somos o que comemos" torna-se mais importante de dia para dia.
Descrição
A alimentação é um ato voluntário. Decidimos que tipo de alimentos comemos e a tecnologia e técnicas culinárias para os preparar com todas as opções disponíveis que temos atualmente.
Rótulo
Benefícios
É importante educar sobre a forma como comemos. Os benefícios de consumir alimentos saudáveis com técnicas de cozedura adequadas podem melhorar a nossa saúde. Um estilo de vida saudável que inclua uma dieta saudável e exercício físico, provou reduzir a prevalência de doenças, especialmente doenças crónicas.
Há um grande número de meta-análises e estudos científicos que mostram que a maioria das doenças cardiovasculares e metabólicas também aparecem como consequência do elevado consumo de alimentos ultra-processados, pelo que devemos substituí-los por refeições mais saudáveis e mais palatáveis, por produtos locais confecionados com técnicas culinárias tradicionais.
As recomendações associadas para promover a adesão a um estilo de vida mais saudável são a prática de atividade física diária, consumo adequado de água, técnicas culinárias saudáveis e equilíbrio emocional. Nesta área, é importante notar que as emoções não devem influenciar os nossos hábitos alimentares.
É essencial conhecer os padrões alimentares mais comuns na população, a fim de estabelecer relações entre dieta e saúde.
Produtos Representativos
Produtos hortícolas, fruta, pescado, carne, ovos, leguminosas, tubérculos, oleaginosas, atividade física, água.
Riscos
Os riscos associados baseiam-se no desconhecimento do padrão alimentar real por parte da população. Normalmente, as pessoas são guiadas por um preconceito de desejo e tendem a não dizer aos nutricionistas profissionais o seu verdadeiro padrão de ingestão, seja por não se lembrarem, ou por sentirem que podem ser julgados.
Além disso, a ignorância do que é uma dieta saudável é uma questão importante. Existe a falsa crença de que uma dieta rica em proteínas ou pobre em hidratos de carbono pode obedecer a padrões alimentares saudáveis. Nessas dietas restritivas, os pacientes devem ser controlados por um especialista que avalia os parâmetros clínicos para evitar risco, e seguir as provas fornecidas em estudos fundamentados, evitando falsos mitos.
Outro motivo de preocupação é a crença de que todos os produtos naturais são seguros. Os suplementos dietéticos são produtos que contêm muitas ervas que, quando metabolizadas, geram metabolitos secundários que podem ser tóxicos. Estes produtos devem ser legislados e muitos, sem estudos científicos para os validar, estão à disposição de qualquer consumidor na Internet. Além disso, a ingestão destes produtos pode causar reações adversas, desde reações alérgicas a lesões hepáticas graves.
Mais referências
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/122211/2/350792.pdf
https://www.acfmnportugal.pt/alimentacao-e-nutricao
https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/alimentacao-e-saude/
https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/activeapp2020/wp-content/uploads/2020/01/Padrão-Alimentar-Mediterrânico-Promotor-de-Saúde-1.pdf